Pare de Perseguir suas Paixões
Caro leitor,
Se tem um conselho que quase todos já escutaram foi este:
"Siga sua paixão e o sucesso virá."
Quem dá esse tipo de conselho pode até querer o seu bem, mas vou te dar uma opinião controversa agora: isso é um grande “papo furado”.
A ideia de que basta amar algo para ser bem-sucedido naquilo é sedutora, mas totalmente desconectada da realidade.
Se a paixão fosse suficiente, não teríamos tantos empreendedores visionários quebrados, ou músicos aficionados falidos, lembre-se sempre que o cemitério dos perdedores é silencioso, vemos as histórias de quem vence, e esquecemos das histórias de quem fracassa e desiste.
A dura verdade é que na maioria das vezes não é a paixão que gera competência – é a competência que gera paixão.
Você aprende a amar aquilo que faz bem.
A Grande Ilusão
Quantas pessoas você conhece que passaram anos seguindo uma paixão, mas nunca saíram do lugar? Quantas abandonaram carreiras promissoras porque achavam que "não estavam fazendo o que amavam"?
A verdade é simples: paixão sem habilidade e retorno financeiro é hobby.
E um hobby pode ser prazeroso, mas dificilmente vai pagar suas contas ou garantir o futuro da sua família.
Agora, quando você desenvolve uma habilidade e se torna excepcional nela, o jogo muda. O reconhecimento vem, as oportunidades aparecem, e você começa a amar aquilo porque se tornou bom nisso.
Se paixão não é o caminho, então o que seguir?
Siga sua zona de potência.
Ou seja, aquilo em que você tem algum talento natural ou uma facilidade acima da média. Algo que você tem o potencial de se tornar excepcional.
Pergunte-se:
✅ Em quais atividades eu sou naturalmente bom?
✅ O que eu faço com facilidade que outras pessoas acham difícil?
✅ O que o mercado valoriza e precisa?
Essas são algumas perguntas importantes a se fazer muito antes da ideia infantil de “o que eu gosto de fazer”.
Porque o que realmente gera sucesso a longo prazo não é fazer o que se gosta, mas construir uma habilidade valiosa que gere impacto.
Quanto mais você desenvolver sua habilidade em algo, quando mais sentir que pode contribuir e gerar impacto no mundo com algo, mais você tende a gostar daquilo.
O Sucesso Não Vem do Que Você Ama – Ele Vem do Que Você Faz Bem
Quer um exemplo?
Steve Jobs: Ele Nunca Foi Apaixonado por Computadores.
Quando pensamos em Steve Jobs, imaginamos um gênio obcecado por tecnologia, alguém que desde pequeno desmontava computadores no quarto e sonhava em mudar o mundo com circuitos e códigos. Mas a verdade é que Jobs nunca foi apaixonado por computadores.
Ele mesmo admitiu que não entendia muito de programação. Quem realmente tinha essa paixão era Steve Wozniak, seu sócio. Jobs não ligava para os detalhes técnicos – ele se importava com design, experiência do usuário, simplicidade e, acima de tudo, com a criação de algo grandioso.
O que fez dele um dos maiores visionários do século não foi uma paixão cega pela tecnologia, mas sim sua capacidade de transformar produtos comuns em experiências extraordinárias. E isso só aconteceu porque ele se tornou excepcional no que fazia.
A paixão veio depois, conforme ele via o impacto das suas criações no mundo.
O ponto é: o sucesso não vem do que você gosta. Ele vem do que você se torna excepcional.
A paixão sozinha não vai te levar a lugar nenhum. Mas se você construir excelência, o mundo vai abrir espaço para você.
Compartilhe essa carta com alguém.
Nos vemos na próxima carta.
Pedro Cooke.
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Sem palavras que texto maravilhoso